sábado, 16 de julho de 2016

trajetos abandonados...
associações de ideias existem
como queriam o Filósofo e o escocês de Edimburgo?
na dúvida
enchi os potes com água e botei no freezer.

não me informaram muito bem aonde ir, por onde seguir.
não sei se por má-fé...

agora sustento em mãos um glorioso cálice onde se pode provar ameixas deliciosas que até mesmo as crianças...
sim as crianças
essas férteis peças loucas de ambiguidades...
perguntam meu nome
não sei por quê
se sou feito de carne e osso
e não sei mais o quê.

caminho lentamente
sem proferir nada
ás vezes aperto o passo
e no mais o dia está claro.

traduzir as paixões humanas
desenvolver teses e hipoteses.
o trabalho amargo antigo
sejamos livres ou necessitamos de um abraço amigo

interrogo.

cãimbra

quantos bons a gente não vê por aí,
bons trocadilhos, é verdade.
e você ainda acredita
nestas palavras
oriundas de masmorras fúnebres.

a chuva contemplando seus berços de nenês
produz versos calmos
de afliçao e agonia.
são de ferro os ágeis cavalos
que nos leva até ali.

por isso uma imagem
um som
o epicentro das humanas angústias
o amor.

encantos mil
promovidos por entidades
este nome não nos soa muito bem.
desconfi-
o.



sexta-feira, 6 de maio de 2016

diante do suicida a minha cara de imbecil
hesita em falar-lhe: desista.
resta-nos míseros pedaços de tortura alguns goles de álcool e qualquer coisa que o valha.
minhas mãos trêmulas acenam para um destino obscuro,
minhas lágrimas secadas, recordei-as quando andava
hirsuto, pleno... vadio!
merece, de fato, respeito poesia tão prosaica.

faz-se essa pergunta aquele que ainda não percebeu o movimento da poesia. o seu estado atual. catastrófico. desolador. fecal.

trecho de fala de henry mccoy, um dos personagens de meu livro que ainda não publiquei

naõ, chega, basta, já foi suficiente: poesia melancólica não.

foi isso o que disse o responsável da editora pelas publicações mais novas.